Não sei onde escondi minha tristeza
não havia tapete, muito menos lixeira,
que encerrassem a dor do osso,
a febre terçã, intensa.
Não sei onde perdi meus olhos
escondidos por lentes que refletiam tudo
e que, por isso obtusos, viam a realidade míope,
estrábica, astigmática, hipermetróipica e difusa.
A par disso e por tudo isso
busco meus sonhos nesse labirinto,
nesse casulo escuro chamado amor:
minha fonte de vida ou de morte,
clara sombra do dia que me ofusca,
pálida luz da noite que me assombra
e me alucina na madrugada fria.
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