Promessas para um ano bom

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─ Que é que você está fazendo aí, apontando para as estrelas?

─ Estou tentando contar novos amigos para o ano que vem, mas as nuvens não deixam...

─ Hum... Talvez elas queiram destacar apenas os verdadeiros...

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─ Coloque aí na lista: parar de fumar, começar regime, fazer caminhadas...

─ Mas está igual à do ano passado!!!

─ Tudo bem! Muda só o título, então: PROMESSAS VELHAS PARA UM ANO NOVO!

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─ Horário de verão dá direito a duas contagens regressivas?

─ Acho que não. Se bem que não seria nada mau. Duas rodadas de abraços, beijos, champanhes...

─ Duas festas, dois porres, duas ressacas... Ah! Meu fígado não aguenta...

─ É... Melhor ficar no tradicional.

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─ Senta aqui na calçada, meu filho, e olha bem para o céu. À meia-noite, um velhinho vai e um jovem vem, é a chegada do Ano Novo.

─ O senhor tá de brincadeira, né?!

─ Claro que não, garoto. Mas, se você não acreditar nisso, vai acreditar em quê?

─ Tens aí uma nota de cem?

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─ Ei, escuta, esse ano você não vai fazer uma daquelas simpatias para um ano melhor?

─ Eu não! Eu só me dou mal com isso.

─ Como assim?

─ Já quase morri afogado por causa de oferendas no mar, fiquei com bico de papagaio de tanto comer lentilha num pé só e, pra piorar, fiquei ressecado de tanto comer romã. Esse ano, tô fora, meu!!!

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─ Tá aqui, meu filho, esse é o seu primeiro dólar. Reza a tradição que ele tem de ser ganho na virada do ano para trazer fortuna.

─ Mas a libra e o euro estão mais bem-cotados no mercado, pai...

─ Então, me devolve...

─ Tudo bem... O senhor vai pagar quanto por ele, hein?! E olha que é item de colecionador... 

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Feliz Ano NovO!